domingo, 21 de fevereiro de 2010

Flapjack, moral e Budismo.


Às vezes eu assisto desenhos animados no canal Cartoon Network. Desde que instalei a tv a cabo aqui em casa vira e mexe assisto desenhos neste canal ou no Discovery Kids por serem desenhos realmente infantis, fantasiosos, sem tantas desgraças.

Hoje assistindo "As trapalhadas de Flapjack"assisti talvez o episódio mais bonito/interesse que já havia assistido. O desenho traz em todos os episódios uma lição de moral, mas neste, especificamente, a lição foi linda [ademais em tempos de Quaresma, de reflexão sobre a vida].

Foi o episódio do "Homem mais bonito do mundo".

Era a história de um homem com um saco na cabeça que vendia lindos pentes. As pessoas até compravam os pentes mas ficavam curiosas em saber porque ele usava um saco na cabeça até que ele revelou que a beleza dele atrapalhava a venda dos pentes. Ao ouvir com sinceridade as palavras de Flapjack dizendo que os pentes eram realmente bonitos e que a aparência dele não importava o homem resolveu mostrar sua face: seu rosto era tão bonito que era iluminado, houve confusão por causa da sua beleza e o homem resolveu ir embora. Mesmo seu barco estando cheio de dinheiro [porque as pessoas jogavam dinheiro pela sua tamanha beleza] ele fazia a família jogar esse dinheiro fora e só ficava com o dinheiro da venda dos pentes.

Uma história linda de bastante reflexão.

A beleza é um elemento perturbador para o ser humano, causa cegueira, principalmente nas pessoas belas que veem nessa qualidade uma maneira de obter lucro.

Existem muitas belezas desbotadas no mundo, pessoas muito bonitas sem conteúdo ou pessoas muito bonitas que não conseguem expor seu magnífico conteúdo em razão da sua beleza causar nas outras pessoas uma cegueira.

Curiosidades: No Budismo, raspar a cabeça livrando-se dos cabelos [um dos itens da vaidade e da beleza humanas mais fortes] a pessoa se coloca humilde. Quanto maior a beleza, maior a vigilância, o sofrimento e a insegurança. No catolicismo a vaidade é um pecado capital e a beleza está intimamente ligada à vaidade. Às vezes o vaidoso nem é belo, mas quer ser e a beleza cega, causa inveja, aparenta ser algo que [muitas vezes] não é. É um terreno perigoso... não é por nada que o mais lindo dos anjos, por ciúme e inveja se opôs a Deus [anjo Lúcifer].

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